sábado, 2 de abril de 2011

LETRAS

Aprendi a ler os cinco anos de idade e até hoje, sem duvida, foi a coisa mais fantástica que me aconteceu... Minha vida “de pesquisadora" começou ali, a duvida que as palavras me causavam e causam ascendeu minha existência. Você pode ler a mesma palavra de milhões de maneiras que quiser, sozinha uma única palavra pode te proporcionar “Liberdade”. Quando minha mãe morreu eu era bebe e por isso fui Criada na casa dos meus avôs cercada de Tias Pedagogas/Professoras (detalhe minha mãe também era professora, além de trabalhar pro município alfabetizava a terceira idade em casa) que “vestiam esta camisa” principalmente dentro de casa, Uma dessas tias trazia pra casa todas as semanas livros inúmeros e dividia-os entre eu e minhas irmãs e pedia com certo rigor um resumo da obra ao fim de semana, nunca vou esquecer o primeiro deles: Ali baba e os 40 ladrões, que li aos seis anos de idade e que hoje volto a usá-lo na faculdade. Não preciso dizer que depois disso ler virou rotina, essa mesma tia dos livros semanais “cultivava” o que eu gostava de chamar de jardim de palavras, que nada mais era que uma vasta e encantadora biblioteca, a qual eu por ainda ser muito nova não podia chegar perto o que só aumentou meu desejo por cada palavra em cada livro ali; esperava que minha tia fosse trabalhar para eu pular as grades do “jardim” e devorasse um ou dois capítulos de algum livro e o primeiro foi: O mundo de Sophya. Fiquei apaixonada! Em fim de La pra cá só venho me entregando as palavras, já cursei a faculdade de jornalismo e o Inglês, por mim descoberto na quinta serie fez parte de da descoberta das palavras mais nunca pensei em ser professora e até agora não penso, acho que foi fisgada no meio do caminho, é cedo pra dizer se serei boa ou não nisso, a lembrança daquele péssimo professor de matemática da sétima serie me assombra, não quero causar isso em meus alunos; meus alunos? Mais eu ainda sou aluna aqui, é isso, prazer meu nome é aluna! Quero ter o desconforto temporário do não saber, fechar os olhos e sentir o cheiro da fornada de conhecimento que ta saindo.